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Clésio Tapety, artista multitarefas, fala sobre Arte e Espiritismo

CLÉSIO TAPETY


(Entrevista concedida ao "Notícias da Abrarte", disponível na íntegra em http://www.abrarte.org.br/downloads/nf.php?ano=2013)


‘A arte espírita é um meio de nos conectarmos ao próximo e transmitirmos pensamentos, ideias e emoções elevadas’


Clésio Tapety é natural de Teresina (PI), residindo atualmente em São Paulo (SP) desde 2007. Graduado em Direito e especialista em direitos humanos, em direitos civis e em direito ambiental. Servidor do Ministério Público Federal. Músico prático pela Ordem dos Músicos de São Paulo: cantor, compositor e multi-instrumentista. Desenhista com formação profissionalizante livre em desenho artístico, publicitário e pintura. Desenvolve pesquisas e trabalhos artísticos e culturais na área de Direitos Humanos, Cultura da Paz, Não Violência, Espiritualidade e Espiritismo. Na área da arte espírita, é o criador da Turma do Dequinho (quadrinhos) e autor de dezenas de músicas espíritas. É associado fundador da Abrarte. (Associação Brasileira de Artistas Espíritas)


- Como você define a arte espírita?

Arte espírita é a expressão dos mais nobres e belos sentimentos e aprendizados que adquirimos ao conhecermos e praticarmos a Doutrina Espírita. Não vejo a arte espírita como um fim em si mesma, mas como um meio de nos conectarmos ao próximo e transmitirmos pensamentos, ideias e emoções elevadas.


- Você tem desenvolvido um trabalho de divulgação do Espiritismo através de tirinhas (histórias em quadrinhos). Poderia falar sobre essa experiência?

Desde criança, eu desenhava bastante e confeccionava minhas próprias revistas em quadrinhos, que divertiam parentes e amigos. Quando me tornei espírita, aproveitei essas experiências para criar a Turma do Dequinho, com o objetivo de abordar temas espíritas através dos quadrinhos.

Isso foi em 1999 e, desde então, os quadrinhos foram ganhando espaço em diversos jornais, sites e blogs espíritas. Hoje a Turma do Dequinho possui um site (www.turmadodequinho.com), com uma boa quantidade do material de arte espírita que produzo.


- Você também tem um livro virtual. Poderia falar sobre ele?

Trata-se do livro Estudando o Espiritismo com a Turma do Dequinho, que nasceu das minhas observações e participações em grupos de evangelização infantil, mocidade espírita e mesmo em grupos de estudo da Doutrina Espírita para adultos. Eu senti necessidade de produzir um recurso educativo diferente, que pudesse dinamizar, alegrar, facilitar e tornar mais agradável os estudos espíritas. O livro não tem a pretensão de ser a ferramenta principal nos estudos, mas sim um recurso complementar. É composto de ensinamentos básicos do Espiritismo, quadrinhos e muitas atividades educativas e divertidas. Ele está disponível para download gratuito através do site da Turma do Dequinho.


- Nesse mesmo site você também disponibiliza suas canções. Como é o seu processo de composição?

Toco vários instrumentos, mas componho preferencialmente ao violão. Não sigo um padrão determinado. Às vezes surge primeiro uma melodia, depois a letra. Às vezes acontece o inverso.

Também gosto muito de musicar letras de outras pessoas. Tenho mais inspiração pela manhã, quando acordo. Suspeito que esse é um período do dia em que lembranças e impressões do plano espiritual estão mais vivas em nossa alma. Às vezes durmo com dúvidas sobre um trecho de uma música nova e acordo com a solução na mente.


- Além da difusão do Espiritismo, você também compõe músicas e quadrinhos voltados a campanhas sociais, como por exemplo a prevenção das drogas, que lhe rendeu inclusive prêmios. É a contribuição do artista espírita para a construção de um mundo melhor?

Componho músicas e quadrinhos para o site Cultura da Paz (www.culturadapaz.com), onde abordo temas como paz, direitos humanos, não violência, tolerância, diversidade, meio ambiente, prevenção das drogas, entre outros. Já fui premiado duas vezes pelo governo brasileiro por jingles que compus para a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. E os quadrinhos do site, do personagem “Pacífico”, também têm tido boa aceitação em vários meios de comunicação.

Recentemente, por exemplo, alguns desses quadrinhos foram utilizados como recurso pedagógico em uma série de livros didáticos voltados para a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Como espírita e como artista, tento dar minha contribuição para a construção de um mundo melhor, mas reconheço que meu esforço só é honesto, válido e eficaz quando consigo mudar primeiramente a mim mesmo. Sigo me esforçando para isso.

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